
Num só dia vi-me forçado a escrever duas vezes no Livro de Reclamações do Metropolitano de Lisboa.
Mas, verdade seja dita, a responsabilidade deve ser dividida entre o Metro e a Rodoviária de Lisboa.
Pois é a "guerra" entre estas duas empresas (e outras) que tem vindo a prejudicar os consumidores.
E como?
Bom... quem habita em Lisboa já saberá certamente que existem hoje em dia passes com chip que servem, entre outras, para utilizar no metro, para abrir as cancelas, e para nos identificarmos na Carris.
Trata-se de um investimento que estas duas empresas, de capitais públicos, fizerem, com o apoio do Governo, que as empresas privadas não querem seguir sem que o Governo também as apoie. E temos a guerra lançada.
A Rodoviária de Lisboa mantém o sistema de senhas.
Assim, e passando para o meu caso concretro, eu adquiro um passe combinado Metro/Rodoviária de Lisboa, que tem necessariamente de ser exteriorizado através de uma senha.
Não posso adquirir o passe de nenhuma das formas electrónicas que já existem, pois não basta carregar o chip com informação. Tenho de ter selo.
Para aquelas pessoas que adquirem só passe de Metro, válido por 3o dias, é totalmente indiferente o dia do mês em que o compram, pois a sua validade é por 30 dias, não terminando no final do mês.
O meu passe é diferente. É mensal. Por isso, se não o adquirir a dia 1, estou a perder dinheiro.
No dia 1 de Setembro, Sábado, tentei comprar a senha de passe na estação de Odivelas.
Ambos os balcões estavam encerrados. Estão encerrados ao fim de semana. Disse-me o funcionário que "quem está lá em cima acha que as pessoas não compras passes ao fim de semana".
Resultado: queixa no livro de reclamações.
Depois de ter comprado um bilhete, diz-me o funcionário que talvez na pastelaria em frente vendessem o passe. Eles não vendem, mas os agentes espalhados por aí, por vezes, têm. !?!?!?
Cheguei ao Campo Grande, interface e vende de passes por excelência, e encontrei os balcões de venda de passes abertos.
Contudo "Não vendemos esse passe ao fim de semana. Só segunda-feira"
E eu disse: "Mas hoje é dia 1. Por acaso vão-me pagar os bilhetes que comprar hoje e amanhã (Domingo)? Ou fazer-me um desconto de 2 dias no preço do passe?"
Resultado: 2ª queixa no livro de reclamações no mesmo dia.
Esta foi algo caricata, porque o livro de reclamações já estava gasto e tiveram de ir buscar um novo. 8-)))
A razão de ser de tudo isto é pressionar as pessoas a reclamar junto da Rodoviária Nacional - sim, porque o metro vende passes de 30 dias em formato electrónico, disponível 24 horas por dia - e outras empresas que não adiriram ainda o mesmo sistema.
Mas pressionar à custa de quem? Do consumidor, claro.
POR FAVOR ENTENDAM-SE DE UMA VEZ POR TODAS. É o apelo que eu faço.
1 comentário:
Paulo,
Antes de mais o meu enérgico aplauso para o seu blog que considero fantástico e do qual tornei-me leitor assíduo.
Quanto a este post, também eu já redigi reclamação ao METRO pelo mesmo motivo que apresenta, estranho não existirem mais pessoas a fazerem o mesmo pois trata-se de uma manifesta arbitrariedade.
Abraço
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