terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ufa... Ainda bem...




Chefe das secretas: "não há bases da ETA em Portugal"

Secretário-geral dos serviços secretos declarou ao DN que há "forte cooperação" entre as forças de segurança no caso e garantiu que "não há bases da ETA em Portugal"

Júlio Pereira, secretário-geral dos Serviços de Informação da República, o órgão que coordena a actividade dos serviços secretos portugueses, declarou ao DN que "há uma forte cooperação entre as forças policiais e os serviços de informação" para acompanhar a hipótese de uma eventual existência de uma base da ETA em Portugal". O "chefe" dos serviços secretos portugueses garantiu, porém, ser "especulativa" a ideia de que, de facto, existe ou uma base ou uma plataforma de apoio aos etarras.

"Sabemos que nos últimos anos houve uma série de episódios relacionados com elementos da ETA em Portugal. E estamos a acompanhar de perto todas as situações", acrescentou o secretário-geral, dizendo ao DN que a análise do SIS (Serviço de Informações e Segurança) no último Relatório de Segurança Interna mantém-se inalterada. No documento, o SIS garantia não ter sido detectada "qualquer actividade da ETA, nem qualquer estrutura permanente de apoio logístico em território nacional".

Tal não quer dizer que a organização separatista basca pretenda instalar em Portugal uma espécie de base, seja ela permanente ou apenas de recuo. Ainda ontem, o jornal El País afirmava que os etarras detidos em Torre de Moncorvo teriam uma casa alugada em Portugal. Fonte da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ não confirmou ao DN esta informação.

Seja como for, inspectores da PJ ligados à investigação do terrorismo e fontes dos serviços secretos admitem, como hipótese, que, face à repressão de que a ETA tem sido alvo em França, a organização procure deslocalizar algumas bases para Portugal. Mas, operacionalmente, segundo as mesmas fontes tal poderia ser um erro: "As zonas de fronteira são localidades pequenas, onde toda a gente se conhece. Qualquer movimento fora do normal poderia levantar suspeitas e isso é um risco para os etarras", explicou uma das fontes contactadas. O "desvio" para as grandes cidades - onde os operacionais poderiam passar despercebidos - é outra das hipóteses em cima da mesa. Mas, também, era uma situação que comportava alguns riscos, sobretudo com o transporte de explosivos. "Nos últimos casos que tiveram uma ligação a Portugal, há um elemento em comum: os operacionais foram detectados em trânsito. Ou seja, quanto mais andarem, mais riscos há de serem, acidentalmente, apanhados", precisou outra fonte contactada pelo DN. O mesmo interlocutor recordou que recentemente foi descoberto uma célula do IRA (Exército Republicano Irlandês) no Algarve, cuja actividade era o financiamento deste grupo através do contrabando.

CARLOS RODRIGUES LIMA

publicado a 2010-01-14 às 08:42

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A Fertagus e o deserto, o Metro e as aparências


Mais um fim de semana de luta contra os transportes públicos deste país...

Foi necessário apanhar comboio da Fertagus no Areeiro com destino ao Pragal.

Chegados à plataforma, não sendo passageiros habituais deste transporte e na ausência de uma bilheteira, eu e a minha mais-que-tudo, decidimos utilizar uma máquina dispensadora de bilhetes.

Força da inexperiência, comprei um cartão com duas viagens, quando devia ter comprado dois cartões com uma viagem cada. Detectado o erro, e depois de ter acabado de fazer o pagamento com uma nota e ter recebido moedas de troco, armei-me com as moedas para comprar um novo cartão com uma viagem, eis senão quando a máquina, único espécime à vista, decide não aceitar moedas e, pior, nem notas.

Apenas cartão.

Grande lata (e de facto é uma máquina com uma quantidade de ferro apreciável) pensei eu.

E se eu não tivesse cartão?

Atrasado para apanhar o comboio, deixei a máquina a pensar na sua intransigência e segui viagem com uma passageira clandestina, mas de consciência tranquila, pois afinal paguei duas viagens e não vou usar a que "sobrou" no cartão.

Chegado ao Pragal, impune, precisava de um táxi. Felizmente a Fertagus pensou nisso e criou uma praça de táxis logo à saída da estação e sinalizou convenientemente o acesso à mesma ainda dentro dá estação.

Pois. Mas táxis nem vê-los... Era Sábado. Liguei para duas centrais de táxi que o Google Maps indicou como próximas. Não tinham táxis disponíveis. Ligue mais tarde, pediram.

Nesta altura veio-me à memória o Ministro Mário Lino. Afinal há alguma margem Sul que é mesmo um deserto. Pragal será certamente, se não a mais, a segunda estação dá Fertagus mais movimentada. Parece que no deserto os taxistas não gostam de trabalhar ao Sábado.

Portugal não tem um problema de competitividade, tem é um povo preguiçoso.

Não pude também deixar de notar que o Metro de Lisboa agora é certificado pela SGS. Realmente é importante saber que o Metro é certificado, porque se não fosse, sempre poderíamos escolher uma empresa concorrente, podíamos andar no outro Metro de Lisboa... hum... diz? - só um momento porque o meu Chihuahua quer-me dizer qualquer coisa - pois é Zorro, tens razão, só há um.

Então para quê certificar? Quanto dinheiro custaram os estudos? A consultoria? Cumprir os requisitos? E como é que se explica que uma empresa certificada tenha umas instalações sanitárias de terceiro mundo, atentatórias dá salubridade pública na gare de Campo Grande?

Só para rir...