
O que levará um carteiro a pressionar insistentemente uma campainha, logo pela manhã, num belo dia de Maio, quinto dia útil da semana, véspera desse belo intervalo a que chamamos de fim de semana?
É um mistério!
Mas leva-me a pensar que aquela personagem parecida com o Harry Potter que consegui ver através do video-porteiro enquanto me azucrinava os ouvidos (e colocava em raiva o meu Chihuahua) deverá ser movido por umas quaisquer directrizes da empresa para a qual trabalha.
E foi então que percebi: os CTT devem trabalhar no risco.
Vejamos e generalizemos:
As caixas de correio (vítimas do embelezamento das expressões populares que atacaram as contínuas, os cantoneiros, os fiscais de linha, os caixeiros-viajantes e as barracas: os novos auxiliares de acção educativa, técnicos de limpeza e saneamento de vias públicas, árbitros auxiliares, consultores comerciais e habitações de génese ilegal, passaram a ser designadas por receptáculo postal) ficam habitualmente situadas no interior dos edifícios de habitação.
Ora... para entrar, ou há porteiro(a) (os novos técnicos de atendimento personalizado de acesso a edifícios) , ou o carteiro lá terá de tocar insistentemente às campainhas até que, por magia, o portão se abre.
Então e se um dia ninguém abre o portão?
Fica toda a gente sem correspondência nesse prédio?
O sistema não permite?
E a culpa é de quem?
É capaz de haver um diploma legal qualquer do tempo do Estado Novo que regule esta matéria, mas se eu fosse analisar e colocar aqui a resposta, este "post" perderia a pouca graça que já tem... Talvez um dia, quando fizer um blog jurídico ponha lá a resposta...
A verdade é que os CTT trabalham no risco de não encontrarem ninguém em casa.
Ou então têm estudos complicadíssimos que provam que em cada prédio há um inútil que passa o dia em casa agarrado à Internet a fingir que procura emprego, ou a jogar na consola, que lhes poderá abrir a porta durante o intervalo do jogo de futebol da consola, pondo o chat em "Away"...
Não... não deve ser isso...
Penso que as hipóteses de encontrar alguém em casa até são facilmente mensuráveis, mesmo para mim, leigo em análise estatísca:
REFORMADOS
Tendo em conta as aposentações prematuras que se verificam na função pública e no sector bancário, as hipóteses são boas de encontrar um reformado em casa.
JOVENS UNIVERSITÁRIOS
Considerando que a "malta" universitária quase nem "põe os pés" nas aulas, deve ser fácil encontrá-los na cama, de manhã.
DOENTES
Se tiverem video-porteiro e não confundirem o carteiro com um fiscal da Segurança Social, os muitos "doentes" que estão de baixa em Portugal, também podem contribuir para abrir a porta.
DESEMPREGADOS
Palavras para quê!!!
PESSOAS QUE SIMPLESMENTE ESCOLHEM VIVER À CUSTA DO(A) CÔNJUGE
Ah! Os inúteis...
PESSOAS DO JET7 QUE NÃO TRABALHAM E VIVEM DE EXPEDIENTES
Ah! Os imortais... não.. os inúteis...
Face à questão "Ser carteiro é uma profissão de risco?", bem vistas as coisas... afinal até nem é. Graças à população inactiva, nenhum carteiro fica na rua.
Ao menos, que tenham alguma utilidade.
3 comentários:
Escrevemos mais, isso é tudo o que tenho a dizer. Literalmente, parece que você contou no vídeo para fazer seu ponto. Você definitivamente sabe o que você está falando, por que jogar fora a sua inteligência em apenas postar vídeos para o seu site quando você poderia estar nos dando algo informativo de ler?
Caro "video porteiros",
Confesso que não entendi o seu comentário.
Como vê, a sua presunção de que eu tenho inteligência não se confirma.
Com efeito, não entendo a que vídeos que supostamente eu terei "postado", se está a referir.
Obrigado, de qualquer forma, pelo seu comentário.
Cumprimentos.
Aproveito para informar que entretanto percebi como funciona este "sistema".
Simplesmente, o Sr. Carteiro, quando não lhe abrem a porta, espera por um novo dia para então voltar a tentar depositar a carta no receptáculo e, quando consegue, coloca um carimbo no envelope com a indicação de que no dia X e Y (antecedentes) a porta do prédio se encontrava fechada.
GENIAL
Enviar um comentário