quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A Fertagus e o deserto, o Metro e as aparências


Mais um fim de semana de luta contra os transportes públicos deste país...

Foi necessário apanhar comboio da Fertagus no Areeiro com destino ao Pragal.

Chegados à plataforma, não sendo passageiros habituais deste transporte e na ausência de uma bilheteira, eu e a minha mais-que-tudo, decidimos utilizar uma máquina dispensadora de bilhetes.

Força da inexperiência, comprei um cartão com duas viagens, quando devia ter comprado dois cartões com uma viagem cada. Detectado o erro, e depois de ter acabado de fazer o pagamento com uma nota e ter recebido moedas de troco, armei-me com as moedas para comprar um novo cartão com uma viagem, eis senão quando a máquina, único espécime à vista, decide não aceitar moedas e, pior, nem notas.

Apenas cartão.

Grande lata (e de facto é uma máquina com uma quantidade de ferro apreciável) pensei eu.

E se eu não tivesse cartão?

Atrasado para apanhar o comboio, deixei a máquina a pensar na sua intransigência e segui viagem com uma passageira clandestina, mas de consciência tranquila, pois afinal paguei duas viagens e não vou usar a que "sobrou" no cartão.

Chegado ao Pragal, impune, precisava de um táxi. Felizmente a Fertagus pensou nisso e criou uma praça de táxis logo à saída da estação e sinalizou convenientemente o acesso à mesma ainda dentro dá estação.

Pois. Mas táxis nem vê-los... Era Sábado. Liguei para duas centrais de táxi que o Google Maps indicou como próximas. Não tinham táxis disponíveis. Ligue mais tarde, pediram.

Nesta altura veio-me à memória o Ministro Mário Lino. Afinal há alguma margem Sul que é mesmo um deserto. Pragal será certamente, se não a mais, a segunda estação dá Fertagus mais movimentada. Parece que no deserto os taxistas não gostam de trabalhar ao Sábado.

Portugal não tem um problema de competitividade, tem é um povo preguiçoso.

Não pude também deixar de notar que o Metro de Lisboa agora é certificado pela SGS. Realmente é importante saber que o Metro é certificado, porque se não fosse, sempre poderíamos escolher uma empresa concorrente, podíamos andar no outro Metro de Lisboa... hum... diz? - só um momento porque o meu Chihuahua quer-me dizer qualquer coisa - pois é Zorro, tens razão, só há um.

Então para quê certificar? Quanto dinheiro custaram os estudos? A consultoria? Cumprir os requisitos? E como é que se explica que uma empresa certificada tenha umas instalações sanitárias de terceiro mundo, atentatórias dá salubridade pública na gare de Campo Grande?

Só para rir...

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